"Infelizmente, Artiomovsk [como Bakhmut é chamada pelos russos] continua sob fogo, o que dificulta qualquer trabalho de restauro, e nem sequer é possível iniciar totalmente a fase de reconhecimento", disse Pushilin ao canal de televisão Rossia-24.
Pushilin destacou que "a situação também é difícil nos flancos" da cidade, tomada pelos russos em maio passado, embora tenha destacado que tudo "está sob controlo".
O líder russo de Donetsk observou que as forças ucranianas, na contraofensiva neste segmento da frente, estão a tentar obter algum sucesso e que, nalguns combates, conseguem "momentaneamente" repelir as tropas russas.
Domingo, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, assegurou que as tropas de Kyiv libertaram quatro quilómetros quadrados de território em direção a Bakhmut e que, no total, durante a ofensiva nesta frente, a área reconquistada é de 35 quilómetros quadrados.
Pushilin sustentou que nas direções de Avdivka e Liman as unidades russas melhoraram suas posições.
"Em várias direções, como resultado dos ataques inimigos repelidos, as nossas unidades estão a melhorar as posições, como acontece em Avdivka e Liman", disse.
Em geral, a situação ao longo de toda a linha da frente "continua difícil, mas sob controlo", acrescentou.
"A linha não muda significativamente numa ou noutra direção", concluiu o líder nomeado pelos russos em Donetsk.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Eis as imagens da destruição de Bakhmut, cidade que se tornou "escombros"