Os analistas do Instituto para o Estudo da Guerra (Institute for the Study of War, ISW, na sigla em inglês) apontaram, na terça-feira, que é “provável” que o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, esteja ‘de olho’ no Grupo Wagner por forma a obter cedências por parte do seu homólogo russo, Vladimir Putin.
“É provável que Lukashenko esteja a tentar impulsionar o seu poder sobre o Grupo Wagner por forma a obter privilégios da parte de Putin”, lê-se na análise do ‘think thank’ norte-americano, que refere que uma fonte interna russa contou que o grupo paramilitar foi o tema mais importante na reunião entre Putin e Lukashenko que decorreu no domingo.
Segundo a mesma fonte, o líder bielorrusso tentou obter mais assistência económica por parte de Moscovo.
A análise do ISW conta ainda que Putin queria que Misnk se envolvesse mais na guerra na Ucrânia, mas terá rejeitado a oferta de Lukashenko, na qual o presidente bielorrusso propôs que as tropas do seu país fizessem uma demonstração de força na fronteira com a Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
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