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UE condena queima "ofensiva" do Alcorão na Dinamarca e na Suécia

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros sublinhou hoje que a profanação do Alcorão é "ofensiva", isto depois de nas últimas semanas, exemplares do livro sagrado muçulmano terem sido queimados na Dinamarca e na Suécia.

UE condena queima "ofensiva" do Alcorão na Dinamarca e na Suécia
Notícias ao Minuto

09:23 - 26/07/23 por Lusa

Mundo União Europeia

"A profanação do Alcorão, ou de qualquer outro livro considerado sagrado, é ofensiva, desrespeitosa e uma clara provocação. Expressões de racismo, xenofobia e formas de intolerância não têm lugar na União Europeia", disse Josep Borrell, em comunicado.

Após "os recentes atos na Europa que ofenderam muitos muçulmanos", o político espanhol indicou que a UE "reitera sua firme e determinada rejeição a qualquer forma de incitação ao ódio religioso e à intolerância".

"O respeito pela diversidade é um valor fundamental da União Europeia. Isso inclui o respeito por outras comunidades religiosas", afirmou, acrescentando que "continua a defender a liberdade de religião ou crença e a liberdade de expressão, no estrangeiro e dentro" da União Europeia.

"Mas nem tudo que é legal é ético", disse Borrell, referindo-se à queima do Alcorão.

O ex-ministro espanhol considerou que "estes atos cometidos por provocadores individuais só beneficiam aqueles que querem dividir as sociedades".

Um grupo que se autodenomina Patriotas Dinamarqueses realizou uma nova queima de uma cópia do Alcorão em Copenhaga na terça-feira, em frente à embaixada egípcia.

Este é o terceiro incidente desta natureza ocorrido na capital dinamarquesa na última semana.

Um dia antes, o mesmo grupo tinha queimado uma cópia do Alcorão em frente à embaixada iraquiana, o que gerou fortes tensões diplomáticas e desordem em Bagdad. Na Suécia, cópias do Alcorão também foram queimadas nas últimas semanas, aumentando também as tensões.

Em Bagdad, um grupo de manifestantes entrou violentamente na embaixada sueca e incendiou-a.

Leia Também: Ataque a Odessa é outro crime de guerra da Rússia, diz Borrell

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