Kyiv denuncia novo julgamento na Rússia de prisioneiros ucranianos

O Provedor do Povo ucraniano, Dmitro Lubinets, denunciou hoje a "violação da Convenção de Genebra" pela Rússia, por este país julgar em tribunal militar 18 combatentes ucranianos capturados e acusados de terrorismo, que deveriam ser considerados prisioneiros de guerra.

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© Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
26/07/2023 15:23 ‧ 26/07/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Este julgamento confirma uma vez mais ao mundo inteiro que a Rússia trata como criminosos quem simplesmente defendia o seu país", disse em comunicado o provedor Lubinets, numa referência ao início do julgamento destes 18 membros do batalhão ucraniano Aidar, na terça-feira em Rostov (sul da Rússia).

Os militares ucranianos foram capturados no início da guerra na República Popular de Donetsk (DNR), autoproclamada pelos separatistas russófonos em 2014 no leste da Ucrânia e declarada parte da Rússia em setembro passado, após um referendo de anexação não reconhecido internacionalmente.

Os combatentes ucranianos são acusados de "terrorismo", de tentativa de tomada do poder e subversão da "ordem constitucional" da DNR.

O Provedor do Povo ucraniano, uma instituição oficial, acrescentou que o processo destes soldados constituiu "outra violação flagrante" por parte da Rússia da Convenção de Genebra.

Segundo estes tratados, assinados pela Rússia e Ucrânia, os combatentes de uma guerra apenas devem ser sujeitos a julgamento caso sejam suspeitos de violar as leis e costumes de guerra, uma situação que a Rússia considera ter existido.

A Rússia já promoveu desde o início da guerra diversos julgamentos de membros de forças especiais ucranianas que considera envolvidos em atos de terrorismo, e que não define como prisioneiros de guerra.

Até ao momento, a Ucrânia apenas levou a julgamento dois combatentes russos capturados e que foram indiciados por crimes de guerra.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.

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