Após 17 anos preso, foi ilibado de crime que não cometeu. "Sem desculpas"
Andrew Malkinson, de 57 anos, tinha sido considerado culpado de ter violado uma mulher em Grande Manchester, Inglaterra, em 2003 e, no ano seguinte, foi condenado a prisão perpétua com uma pena mínima de sete anos.
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Mundo Inglaterra
Um homem britânico que passou 17 anos atrás das grades por uma violação que não cometeu foi ilibado pelo Tribunal de Recurso esta quarta-feira.
Andrew Malkinson, de 57 anos, tinha sido considerado culpado de ter violado uma mulher em Grande Manchester, Inglaterra, em 2003 e, no ano seguinte, foi condenado a prisão perpétua com uma pena mínima de sete anos.
O advogado de Malkinson, Edward Henry KC, disse, citado pelo Independent, que por ter afirmado que estava inocente e que "não confessaria falsamente crimes abomináveis que não cometeu", Malkinson cumpriu mais 10 anos de prisão depois do tempo mínimo da pena ter terminado.
Anulando as suas condenações, por duas acusações de violação e uma de asfixia ou estrangulamento com intenção de cometer violação, o juíz disse que Malkinson poderia "deixar o tribunal em liberdade".
Em declarações à porta do tribunal, Malkinson referiu que tinha sido "raptado pelo Estado" há 20 anos. "Agora que fui finalmente ilibado, sou deixado à porta deste tribunal sem um pedido de desculpas, sem uma explicação, sem emprego, sem casa, e espera-se que simplesmente volte ao mundo sem reconhecer o buraco negro que abriram na minha vida", afirmou.
O caso de Malkinson, de 57 anos, foi remetido para o tribunal em janeiro pela Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC), que investiga potenciais erros judiciais, depois de provas de ADN recentemente obtidas terem ligado outro potencial suspeito ao crime.
Na altura do julgamento, não havia provas de ADN que o ligassem ao crime e o caso da acusação contra ele baseava-se apenas em provas de identificação.
O Serviço de Acusação da Coroa (CPS) admitiu que a condenação de Malkinson não era segura porque as novas provas de ADN apontavam para outro homem, que o tribunal ordenou que só pudesse ser identificado como Sr. B, e disse que "deve haver agora uma possibilidade real" de esse homem ser acusado do ataque.
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