Os manifestantes estavam a tentar aproximar-se da sede da Presidência, onde, segundo escreve a AFP, Mohamed Bazoum está detido pela guarda presidencial, quando foram dispersados por tiros de advertência.
Pelo menos um manifestante ficou ferido, mas não foi imediatamente esclarecido se tinha sido atingido por uma bala ou se tinha caído durante a debandada que se seguiu aos disparos.
Mohamed Bazoum está detido desde a manhã de hoje por membros da guarda presidencial, na sequência do fracasso das conversações sobre pontos que permanecem desconhecidos.
Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tinham tentado obter o apoio das outras forças de segurança.
Na mesma mensagem, Mohamed Bazoum assegura que ele e a sua família estavam bem, mas o exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os revoltosos não mudassem de ideias.
No entanto, a situação atual do Presidente gera dúvidas, já que organizações internacionais como a CEDEAO e a Francofonia exigiram a libertação do chefe de Estado nigerino.
A União Europeia também já reclamou a libertação do chefe de Estado nigerino.
A França, potência colonial até à independência do país, em 1960, tem um destacamento militar de 1.500 homens no Níger, o mais importante no Sahel, após a retirada de outros países onde efetuou operações contra organizações fundamentalistas islâmicas, como o Mali e o Burkina Faso.
Leia Também: Níger. EUA condenam golpe de Estado e exigem libertação do presidente