Níger: Banco Mundial condena desestabilização e defende paz e segurança
O Banco Mundial condenou hoje a tentativa de mudança de poder pela força no Níger, garantindo estar a seguir atentamente a situação neste país africano, vítima de um golpe de Estado na quarta-feira.
© Reuters
Mundo Níger
"O Banco Mundial condena fortemente qualquer tentativa de ganhar o poder pela força, incluindo os esforços em curso para desestabilizar a República do Níger", lê-se num comunicado emitido a partir de Washington.
"Temos uma longa parceria com o Níger e estamos a monitorizar atentamente a situação enquanto ela se desenvolve", acrescenta-se no comunicado, que defende "que todas as partes envolvidas mantenham a paz, a estabilidade e a segurança".
Um grupo de militares, reunidos numa plataforma que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CLSP, na sigla francesa), anunciou quarta-feira à noite na televisão estatal a demissão do Presidente e o encerramento das fronteiras aéreas e terrestres do país.
O golpe teve início com o encerramento das entradas do palácio presidencial com o Presidente no edifício e o subsequente anúncio pela Presidência do Níger na sua conta do X de que elementos da Guarda Presidencial estavam a levar a cabo uma ação "antirrepublicana".
Esta é a segunda tentativa no país africano, depois de as autoridades nigerinas terem abortado uma tentativa de golpe militar contra Bazoum dois dias antes da sua tomada de posse, a 31 de março de 2021, que se limitou a uma série de tiroteios perto do palácio presidencial na capital do país.
O golpe já foi condenado pela comunidade internacional, que se tem manifestado preocupada com a instabilidade da região, com vários países a serem geridos por regimes não-democráticos e com grande tensões associadas ao extremismo islâmico e terrorismo.
A França, potência colonial até à independência do país, em 1960, tem um destacamento militar de 1.500 homens no Níger, o mais importante no Sahel, após a retirada de outros países onde efetuou operações contra organizações fundamentalistas islâmicas, como o Mali e o Burkina Faso.
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