Pais de Émile fazem parte de seita? Mistério em torno do menino permanece

Na terça-feira, 25 de julho, foram mobilizadas equipas de cães especializadas na detecção de restos mortais humanos e drones para perto da casa dos avós do menino de dois anos e meio.

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Marta Amorim
28/07/2023 08:47 ‧ 28/07/2023 por Marta Amorim

Mundo

Émile

Quase três semanas após o desaparecimento de Émile, o mistério em torno do menino e da sua família permanece.

Na terça-feira, 25 de julho, foram mobilizadas equipas de cães especializadas na detecção de restos mortais humanos e drones para perto da casa dos avós do menino de dois anos e meio. No entanto, as novas buscas não deram em nada.

Embora a nova fase das buscas termine apenas no sábado, 29 de julho, as hipóteses de encontrar a criança com vida são reduzidas.

Tal como já aqui desvendámos antes, a família do menino é extremamente religiosa. No meio do mistério e das poucas informações sobre a família, especulou-se se pertenceriam a uma seita - 'Chrétienté Solidarité'.

Contudo, o porta-voz do 'Chrétienté Solidarité', Bernard Antony, afirmou no dia 24 aos meios franceses que a família de Emílio pertence à sua organização religiosa, mas que esta não é uma seita.

Os representantes explicaram que 'Chrétienté Solidarité' é um movimento cujo objetivo é defender os "valores ameaçados da civilização cristã e da identidade francesa" e "lutar contra o totalitarismo islâmico, os investimentos anti-humanos, o globalismo totalitário e toda a extrema-esquerda".

O fundador, Bernard Antony, negou categoricamente que seja uma seita: "São cristãos, ponto... A missa latina é a missa tradicional", afirmou à BFMTV .

Ainda segundo a mesma fonte, o pai da criança está nesse movimento, do qual o avô de Émile é o tesoureiro.

Caso pode ser arquivado

Em declarações ao Var-Matin na quarta-feira, 26 de julho, um ex-procurador alertou que "este caso pode se tornar num caso arquivado".

"Quando as crianças têm entre 7 e 12 anos, podemos pensar que é um desaparecimento ligado a algo sexual", também explicou Jacques Dallest. "O que é muito menos provável no caso de crianças muito pequenas, como o pequeno Émile", revela, pese embora nenhuma hipótese tenha sido descartada. 

Já na quinta-feira, 27 de julho, François Daoust, ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Criminal da Gendarmaria, também reagiu a este caso, em declarações à RTL. “Entre as hipóteses que estão sobre a mesa, há sempre a do rapto de oportunidade", disse. "É a única [...] onde podemos dizer que há hipóteses de encontrar a criança viva", afirmou. 

Recorde-se que Émile desapareceu na tarde de sábado, 8 de julho, quando aparentemente saiu sozinho da casa dos avós e caminhou “pela rua” no bairro de Vernet, nos Alpes.

Leia Também: Aberto inquérito judicial ao desaparecimento do pequeno Émile

 

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