Hoje, através de um enforcamento, Singapura executou uma mulher de 45 anos, depois de ter sido condenada por tráfico de droga. Trata-se da primeira execução de uma mulher cidadã da cidade Estado em quase 20 anos.
No Kuwait, cinco pessoas foram enforcadas na quinta-feira. Uma delas tinha sido condenada à morte pelo envolvimento num ataque suicida a uma mesquita em 2015, que matou 26 pessoas.
As múltiplas execuções no emirado do Golfo - relativamente raras em comparação com a vizinha Arábia Saudita - foram as primeiras desde que sete pessoas foram condenadas à morte em novembro passado, após uma moratória de cinco anos.
"Deploramos as múltiplas execuções ocorridas esta semana no Kuwait e em Singapura e opomo-nos à pena de morte em todas as circunstâncias", afirmou Seif Magango, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, num comunicado.
"Exortamos o Kuwait e Singapura a estabelecerem imediatamente uma moratória sobre as execuções e a juntarem-se aos mais de 170 Estados que, até à data, aboliram ou introduziram uma moratória sobre a pena de morte, na lei ou na prática, com vista a eventualmente abolir a pena capital", acrescentou Magango.
"A pena de morte é incompatível com o direito fundamental à vida e com o direito de não ser sujeito a tortura ou a outros tratamentos desumanos e deve ser abolida como punição em todas as legislações do mundo", concluiu o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
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