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Rei de Marrocos deseja "regresso à normalidade" com a Argélia

O rei Mohammed VI de Marrocos sugeriu no sábado um "regresso à normalidade" com a Argélia e a reabertura das fronteiras, apesar da rutura das relações diplomáticas, durante o tradicional discurso que assinala o aniversário do acesso ao trono.

Rei de Marrocos deseja "regresso à normalidade" com a Argélia
Notícias ao Minuto

06:08 - 30/07/23 por Lusa

Mundo Mohammed VI

"Rezamos ao Deus [Alá] para um regresso à normalidade e uma reabertura das fronteiras entre os nossos dois países vizinhos e nossos dois nossos povos irmãos", declarou o monarca alauita num discurso à nação transmitido pela televisão.

As fronteiras estão encerradas desde 1994 e a Argélia rompeu as relações diplomáticas com Marrocos em agosto de 2021, acusando Rabat de "atos hostis". Uma decisão "completamente injustificada", segundo Rabat.

Desde então os dois vizinhos mantêm relações muito tensas, num contexto de rivalidade regional exacerbado pelo seu antagonismo sobre o disputado território do Saara Ocidental.

Há quase 50 anos que um conflito armado opõe Marrocos aos independentistas da Frente Polisário, apoiados pela Argélia.

Rabat propõe um plano de autonomia sob a sua soberania exclusiva, enquanto a Polisário reivindica um referendo de autodeterminação sob a égide da ONU.

O recente reconhecimento por Israel da "soberania marroquina" sobre esta antiga colónia espanhola agravou as tensões com Argel, que criticou o que designou de "manobras estrangeiras".

"Asseguramos aos nossos irmãos da Argélia, à sua direção e ao seu povo que nunca devem recear qualquer animosidade por parte de Marrocos", assegurou Mohammed VI.

O soberano marroquino apela anualmente à reaproximação entre os dois países vizinhos.

Ao exaltar a "juventude marroquina", o monarca saudou em particular "a proeza" da seleção nacional de futebol no Qatar em dezembro, a primeira equipa africana e árabe a alcançar uma meia-final do Campeonato do Mundo.

Mohammed VI também se regozijou que, por sua iniciativa, Marrocos tenha decidido apresentar a sua candidatura comum com Espanha e Portugal para a organização das fases finais do Mundial 2030.

Mohammed VI reina em Marrocos desde julho de 1999, quando sucedeu a seu pai, Hassan II.

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