Num comunicado divulgado na rede social Telegram, a organização elevou o número de mortos para 60 (contra os 54 reportados pelas autoridades locais) e identificou o agressor como Abdallah al-Muhajer, que se fez explodir no meio de uma multidão de membros do partido apóstata do Paquistão, na cidade de Khar.
De acordo com a polícia local, a explosão aconteceu durante uma reunião de apoiantes do JUI-F, do clérigo e líder político Maulana Fazal ur Rehman, que decorria nos arredores de Khar, capital do distrito de Bajur, perto da fronteira com o Afeganistão.
O ataque também provocou cerca de 200 feridos.
A União Europeia (UE) reagiu ao sucedido e condenou hoje o que classificou como "uma tentativa de enfraquecer a democracia e incutir o terror" no Paquistão.
O líder do JUI-F, considerado um político de linha dura e que apoia o Governo talibã do Afeganistão, escapou de pelo menos dois ataques bombistas em 2011 e 2014, quando engenhos explosivos atingiram o seu carro também em comícios.
Maulana Ziaullah, o chefe local do partido de Rehman, está entre os mortos. O senador Abdur Rasheed e o ex-legislador Maulana Jamaluddin também estavam no palco do comício, mas escaparam ilesos.
Algumas vítimas do atentado foram hoje enterradas em Bajur.
Dezenas de pessoas com ferimentos leves receberam alta hospitalar, enquanto os que ficaram gravemente feridos foram levados para a capital da província de Peshawar por helicópteros do exército.
Leia Também: Cinquenta detidos em operação antiterrorista em 13 cidades marroquinas