Descrito como "muito poderoso" pela Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês), o tufão passou perto da ilha principal de Okinawa pouco depois das 09h00 (01h00 em Lisboa), trazendo rajadas de vento de até 180 km/h.
De acordo com a concessionária local de eletricidade, a Okinawa Electric Power, cerca de um terço das casas na região de Okinawa estavam sem energia no final desta manhã.
Na terça-feira, as autoridades de Okinawa tinham apelado a mais de 690 mil pessoas que abandonassem as suas casas e procurassem abrigo face à aproximação do Khanun. O apelo foi também alargado a outras áreas de Kagoshima, no sudoeste do Japão.
De acordo com a NHK, um homem de 90 anos morreu na cidade de Ogimi depois de ficar preso numa garagem que desabou na noite de terça-feira, provavelmente devido aos ventos fortes.
A Agência Japonesa de Gestão de Incêndios e Desastres avançou ainda com a existência de 11 feridos.
A JMA também alertou para o risco de inundações e deslizamentos de terra em partes da ilha principal de Okinawa.
Mais de 400 voos foram cancelados hoje de ou para este popular arquipélago turístico no verão, afetando mais de 65 mil passageiros, avançou a NHK.
Muitos turistas estavam presos desde terça-feira no aeroporto de Naha, capital de Okinawa.
"Não conseguimos encontrar um hotel e não sabemos quando poderemos reservar um voo de volta", disse a visitante Minako Kawakami ao jornal local Okinawa Times.
As companhias aéreas Japan Airlines e a All Nippon Airways previram que mais de 74 mil passageiros no total poderiam ser afetados por cancelamentos de voos.
O Khanun está a dirigir-se para oeste-noroeste, em direção ao leste da China, onde deve chegar ainda esta semana.
No início da semana, as autoridades das Filipinas já tinham emitido alertas contra possíveis inundações e deslizamentos de terra devido à influência do Khanun, numa altura em que o país ainda recupera da passagem do tufão Doksuri, que causou pelo menos 25 mortos.
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