As negociações entre as partes foram interrompidas em 02 de maio.
A crise agravou-se a partir de meados de julho, com os atores a entrarem em greve, a reclamarem também melhores salários e garantias sobre o uso da inteligência artificial.
Com o protesto destes dois grupos, inédito desde 1960, a quase totalidade das produções de filmes e séries está parada.
Os estúdios "contactaram a WGA hoje e solicitaram uma reunião na sexta-feira para negociações", indicou o sindicato, em mensagem de correio eletrónico dirigida aos seus associados na terça-feira.
A pressão sobre os estúdios aumenta, porque os atores são muito mais numerosos do que os argumentistas, mas também porque têm nas suas fileiras quem projete o movimento: Sean Penn, Colin Farrell, Jessica Chastain e Susan Sarandon foram vistos nos piquetes de greve.
Acresce que, durante a greve, os atores não têm o direito de promover filmes em estreia, o que prejudica festivais de cinema e 'fitas' que pretendem ser sucessos de bilheteira. De resto, os Prémios Emmy, equivalentes aos Óscares, mas na televisão, que estavam previstos para setembro, foram adiados sem data.
O custo da greve deve começar a aumentar. O último protesto, de 2007-2008, que só envolveu os argumentistas, durou 100 dias e causou perdas de receitas de dois mil milhões de dólares, segundo algumas estimativas.
Os argumentistas reivindicam aumentos salariais e uma maior participação nos ganhos ligados à difusão em contínuo (plataformas de 'streaming'). Mas os estúdios recusam, invocando uma concorrência que aumentou muito nesta indústria e a necessidade de reduzir custos.
Os autores protestam também contra a tendência de os estúdios reduzirem as suas equipas e contratá-los por períodos mais curtos, para escreverem séries cada vez mais curtas.
Pretendem ainda proteção contra o uso da inteligência artificial, que pode ser utilizada pelos estúdios para gerarem argumentos.
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