Os quatro ativistas climáticos do grupo Greenpeace Reino Unido que, esta quinta-feira de manhã, escalaram a casa do primeiro-ministro, Rishi Sunak, e taparam uma das fachadas com um pano preto para protestar contra a exploração de petróleo, foram detidos.
Um quinto ativista, que não subiu ao edifício, foi posteriormente detido por suspeita de causar distúrbios.
Segundo o jornal The Guardian, que cita fonte da polícia, as autoridades foram chamadas ao local, em North Yorkshire, pelas 8h00, mas o grupo só desceu do topo do edifício pelas 13h15, altura em que foi detido e levado em carros da polícia.
O protesto aconteceu numa altura em que Rishi Sunak se encontra de férias nos Estados Unidos, com a mulher e as duas filhas.
Aos jornalistas, o ativista Philip Evans garantiu que só avançaram com o protesto quando tiveram a certeza que o governante e a família não estavam em casa. Quando chegaram ao local, bateram à porta e gritaram: "Este é um protesto pacífico". No entanto, não obtiveram resposta.
No total, foram quatro os ativistas que subiram ao telhado, recorrendo a escadas e cordas de escalada, e desenrolaram o pano preto sobre a fachada. Outros dois ficaram no jardim, onde exibiram um cartaz com a pergunta: "Rishi Sunak - Lucros do petróleo ou o nosso futuro?"
O protesto surgiu dias após o primeiro-ministro britânico ter anunciado o compromisso de emitir centenas de novas licenças de petróleo e gás no Mar Norte, bem como um programa de captura de carbono no nordeste da Escócia e de Inglaterra.
"Alpinistas estão no telhado da mansão de Rishi Sunak e cobriram-na com 200 metros de pano preto oleoso para chamar a atenção para as consequências perigosas de um novo frenesim de perfuração", justificou, esta manhã, o grupo climático na rede social Twitter (atualmente conhecida como X).
[Notícia atualizada às 17h11]
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