O tribunal também ordenou que Glujovski, conhecido pelos seus livros de ficção, seja impedido de participar nos próximos quatro anos na gestão de portais de informação, "também na internet", de acordo com fontes citadas pela agência noticiosa russa Interfax.
Glujovski, considerado um "agente estrangeiro" pelas autoridades russas, é alvo de um mandado de captura devido às opiniões que divulgou nas redes sociais. O escritor está ausente de território russo.
O autor do romance "Metro 2023" junta-se a diversas personalidades públicas perseguidas no último ano por se terem demarcado da linha oficial do Kremlin em relação à guerra na Ucrânia.
"Como há um ano, estou absolutamente convencido de que esta guerra é tão ruinosa para a Rússia e para o nosso povo quanto é assassina e destrutiva para o país que amo: a Ucrânia", escreveu Dmitry Glukhovski em fevereiro, por ocasião da passagem do primeiro ano desde o início do conflito.
O escritor também manifestou repetidamente o seu apoio ao principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, condenado na passada sexta-feira a 19 anos de prisão por extremismo, após um julgamento à porta fechada.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
[Notícia atualizada às 00h13]
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