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Governo italiano adiciona IA a setores económicos a proteger

O governo italiano acrescentou inteligência artificial, cibersegurança, produção de semicondutores e tecnologia quântica aos setores sensíveis da economia em que pode intervir, no âmbito de uma medida que visa impedir interferências estrangeiras.

Governo italiano adiciona IA a setores económicos a proteger
Notícias ao Minuto

20:34 - 08/08/23 por Lusa

Mundo Inteligência Artificial

A decisão, anunciada hoje no final de um Conselho de Ministros, inclui também a indústria aeroespacial, armazenamento de energia e tecnologias nucleares, além da produção alimentar "relativa a uma ou mais entidades fora da União Europeia".

Com este mecanismo, chamado "Golden Power", o Estado pode vetar qualquer influência de terceiros em setores sensíveis, um poder que já exerceu, em 2016, no setor das telecomunicações para conter a crescente influência do grupo francês Vivendi.

"Fica estabelecido que os poderes especiais do governo em áreas estratégicas também podem ser exercidos dentro do mesmo grupo no caso de atos, transações e deliberações relativos a direitos de propriedade intelectual", detalha ainda o texto que altera a lei.

Em julho, o governo italiano liderado por Giorgia Meloni confirmou a intervenção na empresa do setor automóvel Pirelli, para limitar o acesso do grupo acionista chinês CNRC (China National Tire and Rubber Corporation) à tecnologia que faz funcionar os seus sensores de pneus, uma vez que podem recolher informação sensível.

"Estes sensores são capazes de recolher dados do veículo relativos, entre outras coisas, ao estado das estradas, à geolocalização e ao estado das infraestruturas", defendeu o governo italiano na altura, em comunicado.

O executivo de Meloni referiu que "o uso indevido desta tecnologia pode acarretar riscos consideráveis não só para a confidencialidade dos dados do utilizador, mas também para a possível transferência de informações relevantes de segurança".

O novo decreto do governo italiano inclui também medidas do Plano Nacional de Microeletrónica, que vai contribuir com 700 milhões de euros para o setor, quer para investigação, quer para iniciativas empresariais.

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