Dezenas de homens armados chegaram à aldeia de Heipang, no estado de Plateau, depois da 01h00 locais (mesma hora em Lisboa) e abriram fogo contra os aldeões, a maioria dos quais estava a dormir, disseram os residentes.
"Numa determinada família, mataram cinco pessoas - o pai, a mãe e os filhos", disse Jacob Dadi, um dos sobreviventes.
Dadi acrescentou que os aldeões recuperaram 17 corpos em Heipang e que mais pessoas foram mortas a tiro quando os atacantes fugiram para as matas próximas, que muitas vezes servem de esconderijo.
Um grupo local de jovens, o Movimento Juvenil Berom, disse que 21 pessoas foram mortas no total e sete outras ficaram feridas.
A polícia confirmou a ocorrência do ataque, mas não divulgou pormenores sobre as vítimas na zona, que fica a 25 quilómetros de Jos, a capital do estado de Plateau.
Este tipo de ataques tornou-se comum em muitas partes da região norte da Nigéria, onde vários grupos armados têm como alvo aldeias com segurança inadequada, matando ou raptando residentes e viajantes para obterem um resgate.
Os ataques desafiaram as medidas de segurança, incluindo as introduzidas pelo novo Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, que foi eleito este ano depois de prometer acabar com os assassínios.
Os residentes de Heipang atribuíram o ataque aos pastores de origem Fulani, que pegaram em armas depois de terem entrado em conflito com as comunidades agrícolas durante várias décadas devido ao acesso limitado à terra e à água.
Plateau é uma das zonas com mais ataques deste tipo, tendo sido mortas mais de 100 pessoas nos últimos meses.
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