O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou, esta quinta-feira, que a polícia federal dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) vai investigar o homicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencia.
"Solicitei o apoio do FBI para a investigação do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencio. O Serviço Federal de Investigação e Inteligência dos Estados Unidos aceitou o nosso pedido e nas próximas horas chegará uma delegação ao país", anunciou o presidente do Equador na rede social X (antigo Twitter).
O candidato presidencial, antigo jornalista, morreu num atentado num comício realizado num coliseu numa zona central e movimentada da capital do Equador, Quito. Outras nove pessoas ficaram feridas após um tiroteio com os seguranças do espaço e o principal suspeito do ataque foi também mortalmente atingido.
He solicitado apoyo al FBI para la investigación del asesinato del candidato presidencial Fernando Villavicencio Valencia. La Agencia Federal de Investigación e Inteligencia de EEUU aceptó nuestra petición y en las próximas horas una delegación llegará al país.
— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) August 10, 2023
Após a notícia da morte, Guillermo Lasso manifestou-se "indignado e chocado" com a morte e garantiu que o "crime não ficará impune". "O crime organizado foi longe de mais, mas a lei vai ser-lhes aplicada com todo o seu peso", escreveu também no X.
Foi ainda decretado estado de emergência no país durante 60 dias, assim como três dias de luto nacional, após o homicídio de Villavicencio. No entanto, "dada a perda de um democrata e de um lutador, as eleições não serão suspensas, pelo contrário, devem ser mantidas e a democracia deve ser fortalecida", considerou Lasso, confirmando que se mantêm as eleições marcadas para 20 de agosto.
O atentado foi reivindicado pelo gangue equatoriano 'Los Lobos'. "Queremos deixar claro a toda a nação equatoriana que sempre que políticos corruptos não cumprirem as suas promessas, quando recebem o nosso dinheiro, que são milhões de dólares, para financiar as suas campanhas, serão eliminados. Nós, da organização Los Lobos, assumimos a responsabilidade pelos factos ocorridos esta tarde, e voltará a acontecer quando os corruptos não cumprirem", disseram os membros do grupo num vídeo divulgado nas redes sociais.
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