Polícia tailandesa investiga contactos de Sancho antes e depois do crime
Os resultados das análises forenses, que estão previstos para o final de semana, ajudarão a tomar conclusões.
© REUTERS/Stringer
Mundo Daniel Sancho
A polícia tailandesa está a investigar os contactos que o espanhol Daniel Sancho teve antes e depois de matar e esquartejar o colombiano Edwin Arrieta, em Kon Phangan.
As investigações continuam e a polícia quer provar que o crime foi premeditado.
Os agentes aguardam para saber, nas próximas horas, os resultados dos testes forenses aos restos mortais encontrados no aterro de Kho Phangan, onde o espanhol despejou parte do corpo de Arrieta e cuja localização desencadeou a operação policial que mantém Sancho em preventiva na prisão de Samui.
De recordar que a investigação avançou muito rapidamente graças à colaboração de Sancho, que conduziu os polícias tailandeses a todas as cenas do crime.
As pessoas com quem ambos interagiram quando estiveram juntos já foram interrogadas, bem como os responsáveis pelas lojas onde o jovem espanhol fez compras para perpetrar o homicídio.
Agora, e segundo o El País, os contactos que Daniel Sancho manteve após o momento do homicídio (perpetrado na noite de quarta-feira, 2 de agosto) são considerados fundamentais para desvendar o motivo exato do crime, sendo que os meio locais apontam para uma mistura de razões económicas, sexuais e de deterioração do relacionamento.
Sabe-se que, na quinta-feira, 3 de agosto, com Arrieta já morto, Sancho foi à festa da lua cheia com duas jovens que conheceu no hotel, de onde já tinha planeado sair. Uma testemunha garantiu ao programa La Hora da TVE que viu Daniel Sancho a jantar normalmente com um jovem nessa mesma noite, embora não tenha dado mais detalhes.
Na quarta-feira, as autoridades tailandesas anunciaram que Daniel Sancho, de 29 anos, vai ser julgado por homicídio premeditado e, caso seja condenado, poderá enfrentar prisão perpétua ou mesmo pena de morte.
A investigação, segundo estima a polícia tailandesa, poderá durar entre quatro a seis meses. Durante esse período, o espanhol permanecerá na prisão de Koh Samui, onde ingressou na segunda-feira.
Sublinhe-se que Daniel Sancho entrou na Tailândia como turista a 31 de julho e o crime ocorreu dias depois. De acordo com o Bangkok Post, o espanhol terá confessado que se encontrou com a vítima pelas 14h00 do dia 2 de agosto e andaram juntos de mota.
Quando voltaram ao hotel, tiveram uma discussão, após o colombiano lhe ter pedido para ter relações sexuais. Sancho terá dado um murro no rosto do amigo, que o deixou inconsciente.
Ainda segundo o Bangkok Post, o homem, em pânico, levou-o depois para a casa de banho, tentando fazê-lo recuperar a consciência - sem sucesso.
Depois de esperar uma hora e sem resposta de Edwin Arrieta, o chef decidiu começar a desmembrar o médico e, segundo ele, demorou "três horas". Por volta das 21 horas desse mesmo dia, começou a colocar os restos mortais do cirurgião em sacos de plástico pretos e alugou um caiaque que o ajudou a lançar grande parte deles ao mar.
O restante corpo foi levado para o aterro da ilha, onde horas depois um trabalhador faria a descoberta.
No domingo, Daniel Sancho acompanhou os investigadores a vários locais onde supostamente se desfez dos restos do corpo da vítima.
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