"Estamos tristes por termos sofrido tamanha perda", disse Josh Green, numa declaração transmitida pela televisão, acrescentando que as equipas de resgate ainda só terminaram as operações de busca de corpos em pouco mais de um quarto da área afetada.
O governador do Havai avisou ainda que os trabalhos podem ser afetados pelas tempestades, com chuva e ventos fortes, previstas para o fim de semana.
As autoridades estão a ponderar se devem ou não "suspender preventivamente [as operações] por um curto período de tempo, porque agora toda a infraestrutura está mais fraca", disse Green.
Na segunda-feira, o governador já tinha admitido à televisão CNN que o número de vítimas mortais poderia duplicar, uma vez que 1.300 pessoas ainda estavam desaparecidas.
Segundo o governador, a maioria dos corpos encontrados até à data encontram-se perto da orla marítima ou no oceano. Dezenas de pessoas saltaram para a água para escapar às chamas.
Numa atualização feita na terça-feira, as autoridades explicaram que apenas quatro corpos foram identificados até ao momento.
O chefe da polícia de Maui, John Pelletier, renovou um apelo para que os familiares das pessoas desaparecidas para que façam um teste de ADN para ajudar a identificar os corpos.
Uma morgue móvel enviada pelas autoridades federais chegou ao Havai na terça-feira, juntamente com uma equipa de médicos legistas, patologistas e técnicos, para ajudar as autoridades a identificar os restos mortais.
Durante os incêndios, os avisos oficiais na televisão, na rádio e no telemóvel revelaram-se inúteis para muitos habitantes sem eletricidade ou sem rede elétrica. As sirenes de alarme permaneceram em silêncio.
Foi aberto um inquérito para analisar a gestão da crise.
A justiça do Havai recebeu uma ação coletiva que acusa a maior distribuidora de eletricidade do arquipélago, a Hawaiian Electric, de ter causado os incêndios por ter deixado as linhas de energia operacional "durante as condições previstas de alto risco de incêndio".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira que pretende visitar o Havai "o mais rapidamente possível", numa altura em que ainda se contabilizam as vítimas mortais dos incêndios naquele estado norte-americano.
"A minha mulher Jill [Biden] e eu iremos o mais depressa possível ao Havai (...) Quero ter a certeza de que não vamos interromper as operações de socorro", disse Joe Biden numa visita ao estado de Wisconsin.
Na semana passada, Joe Biden declarou o estado de catástrofe, o que permite desbloquear ajuda federal para o arquipélago norte-americano, para financiar a ajuda de emergência e os esforços de reconstrução da ilha.
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