Líder do Somar otimista em relação a novo governo de esquerda em Espanha
A líder da extrema-esquerda espanhola, Yolanda Díaz, disse hoje que as negociações com os independentistas catalães para a viabilização de um novo governo de esquerda em Espanha estão na reta final e garantiu estar otimista.
© Reuters
Mundo Espanha/Eleições
"Estou otimista em relação ao futuro do nosso país", afirmou Yolanda Díaz, depois de questionada por jornalistas em Madrid sobre as negociações com o Juntos pela Catalunha (JxCat), do ex-presidente do governo regional catalão Carles Puigdemont.
O Partido Socialista (PSOE), segundo mais votado nas eleições legislativas espanholas de 23 de julho, aspira a formar uma coligação de governo com a plataforma de extrema-esquerda Somar, liderada por Yolanda Díaz, mas precisa do apoio parlamentar de formações regionalistas, nacionalistas e independentistas para tomar posse.
Estão em causa cinco partidos que já viabilizaram o atual governo de esquerda, liderado pelos socialistas, mas a que este ano se junta mais um, o Juntos pela Catalunha (JxCat), fundado por Puigdemont, o antigo líder catalão que vive desde 2017 na Bélgica para fugir à justiça espanhola depois da declaração unilateral de independência da região daquele ano.
O JxCat, independentista, elegeu sete deputados e votou contra a investidura de Sánchez na última legislatura.
Puigdemont, que formalmente não tem qualquer cargo no JxCat mas é considerado o líder de facto da força política que fundou, escreveu hoje na rede social X (antes Twitter) que só dará os votos ao PSOE perante "factos comprováveis", tanto em "acordos para a Mesa [do Congresso] como em acordos de maior importância, como o da investidura" do Governo.
Poucos dias depois das eleições, Puigdemont tinha afirmado, na mesma rede social, que o apoio do JxCat a Sánchez vai depender de um acordo sobre o "conflito" catalão e defendeu negociações sem "pressões" e sem "chantagem política".
Yolanda Díaz atribuiu a publicação de Puigdemont desta quinta-feira "à lógica das negociações", que disse estarem nos "últimos tempos".
A líder do Somar, atual ministra do Trabalho, acrescentou que as negociações com o JxCat estão a decorrer "com discrição" e que esta é a única forma de serem frutíferas.
A nova legislatura espanhola, saída das eleições de 23 de julho, arranca na quinta-feira com a constituição formal do parlamento.
A eleição da Mesa do Congresso e da Presidência do Congresso (o parlamento espanhol) na quinta-feira servirá de ensaio à possibilidade de formação de um novo governo de esquerda.
O PSOE indiciou esta semana um nome para candidata a presidente do Congresso, o da deputada Francina Armengol, que para ser eleita terá de conseguir o apoio dos mesmos partidos com quem os socialistas e o Somar negoceiam a 'geringonça' parlamentar.
O líder dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, confirmou hoje que vai recandidatar-se a primeiro-ministro, apesar de não ter vencido as eleições de 23 de julho.
O mais votado em 23 de julho foi o Partido Popular (PP, direita), que não conseguiu reunir os apoios parlamentares suficientes para a viabilização de um governo liderado pelo presidente dos populares, Alberto Núñez Feijóo.
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