O gabinete do xerife do condado de Fulton, Pat Labat, referiu esta quinta-feira que os investigadores estão a trabalhar para detetar a origem das ameaças, depois dos nomes dos membros do grande júri e outras informações pessoais terem sido publicadas 'online'.
A mesma fonte adiantou que agências policiais locais, estaduais e federais estão a ajudar na investigação.
"Levamos este assunto muito a sério e estamos a coordenar com os nossos parceiros de aplicação da lei para responder rapidamente a qualquer ameaça credível e garantir a segurança de quem cumpriu o seu dever cívico", apontou o gabinete do xerife, em comunicado.
Um grande júri do condado de Fulton apresentou esta segunda-feira 41 acusações, indiciando Trump e outras 18 pessoas de conspiração ilegal para reverter a sua derrota nas eleições de 2020 na Geórgia.
Embora os procedimentos do grande júri fossem secretos, os nomes dos membros foram incluídos na acusação, uma prática habitual na Geórgia, em parte porque dá aos réus a oportunidade de contestar a composição do grande júri.
A Associação dos Advogados dos Estados Unidos (ABA, na sigla em inglês) condenou quaisquer ameaças, bem como a partilha de outras informações pessoais sobre os elementos do grande júri.
"Os membros cívicos do grande júri da Geórgia cumpriram o seu dever de apoiar a nossa democracia. É inconcebível que as suas vidas sejam prejudicadas e a segurança ameaçada por serem bons cidadãos", frisou a associação em comunicado.
Num momento em que aumenta uma retórica de violência dirigida a autoridades, os jurados da Geórgia não são os únicos a enfrentar ameaças pelo seu envolvimento nos quatro processos criminais pendentes contra Trump.
Uma mulher no Texas foi acusada de fazer um telefonema em 05 de agosto a ameaçar matar a juíza distrital dos EUA Tanya Chutkan, que está a supervisionar o caso federal contra Trump em Washington.
Agentes da polícia federal dos EUA (FBI) mataram em 09 de agosto um homem armado de Utah que estava a ser detido sob a acusação de fazer ameaças violentas contra o Presidente Joe Biden e polícias envolvidos no processo contra Trump.
Na Florida, o ex-presidente é acusado de alegada gestão negligente de documentos confidenciais da Casa Branca.
O magnata Republicano está acusado em Washington de ter tentado alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Trump é também acusado de falsificar documentos comerciais num caso em Nova Iorque que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006.
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