Israel acusa Irão de promover violência na Cisjordânia Ocupada
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusaram o Irão de estar a promover a atual onda de ataques contra israelitas na Cisjordânia ocupada, que causou hoje a morte a uma mulher.
© Reuters
Mundo Palestina
"Estamos no meio de um ataque terrorista, que é encorajado, dirigido e financiado pelo Irão", sublinhou Netanyahu durante um discurso na cidade palestiniana de Hebron, no sul da Cisjordânia, onde ocorreu o ataque de hoje.
Já Gallant observou que há "mudanças significativas a ocorrerem no terreno, relacionadas com o financiamento iraniano e à proliferação de armas sob as diretrizes iranianas".
"O Irão procura todos os meios para prejudicar os cidadãos de Israel", enfatizou o ministro da Defesa.
Uma mulher morreu hoje e um homem ficou gravemente ferido num ataque com armas de fogo contra um veículo na Cisjordânia Ocupada.
Desde o início de 2023, tem ocorrido uma série de ataques de palestinianos contra alvos israelitas, bem como violência por colonos israelitas contra palestinianos.
Este ataque "foi perpetrado contra um veículo na Rota 60, perto da cidade de Hebron, contra civis que seguiam de viagem", referiu o Exército israelita em comunicado.
As autoridades locais identificaram a vítima como Batsheva Nigri, uma israelitas de 40 anos, professora e mãe de três filhos, moradora no assentamento de Beit Hagai, ao sul de Hebron.
Uma das suas filhas estava presente no carro, mas não sofreu ferimentos, de acordo com as mesmas fontes.
O motorista, de 39 anos e gravemente ferido, foi transportado para o hospital Soroka em Beersheva (sul), disse Magen David Adom, o equivalente israelita da Cruz Vermelha.
A Brigada dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado ligado ao partido governista Fatah, reivindicou a autoria do ataque, enquanto o Hamas e a Jihad Islâmica saudaram, em comunicado, "um ato heroico", considerando-o uma "resposta normal aos crimes da ocupação".
Já Exército israelita anunciou que bloqueou as estradas da região e iniciou uma busca para encontrar os suspeitos que dispararam contra o veículo.
Quase três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. Cerca de 490 mil colonos judeus também moram nesse território em assentamentos considerados ilegais pela ONU segundo a lei internacional.
Durante confrontos entre palestinianos e forças de segurança israelitas em Beita, no norte da Cisjordânia ocupada, ocorridos hoje, seis pessoas ficaram feridas "por munição real", informou ainda o Ministério da Saúde palestiniano, indicando que uma vítima estava em "estado crítico" após levar um tiro na cabeça.
Mais tarde, oito palestinianos, incluindo um jornalista, foram feridos pelas forças israelitas perto da cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel, durante uma manifestação de apoio à "resistência na Cisjordânia", segundo o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Pelo menos 218 palestinianos morreram desde o início do ano em atos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, além de 31 israelitas, um ucraniano e um italiano, segundo contagem da agência France-Presse (AFP) AFP apurada a partir de fontes oficiais.
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