MNE italiano prevê "nova temporada de cooperação com a China"
O vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, classificou uma reunião que hoje manteve em Pequim com o homólogo chinês, Wang Yi, como a "abertura de uma nova temporada" para uma "cooperação reforçada" entre os respetivos países.
© Antonio Masiello/Getty Images
Mundo Itália
Num discurso proferido no final da XI sessão da Comissão Governamental Itália-China, Tajani também sublinhou o papel fundamental que a Itália desempenha nas relações da União Europeia (UE) com Pequim.
"A Itália é a defensora do diálogo com Pequim também ao nível da União Europeia e do diálogo franco e aberto sobre princípios e direitos", afirmou.
Anunciou igualmente que o Presidente italiano, Sergio Mattarella, visitará a China no próximo ano para "selar esta forte amizade e cooperação em questões concretas".
Antes do encontro, Tajani tinha dito que o apreço da China por Itália e pelos seus produtos não seria alterado pelo que Roma decidisse sobre o seu envolvimento na 'Belt and Road Iniciative' (BRI) da China, um enorme programa de infraestruturas para criar uma espécie de Rota da Seda dos tempos modernos.
O Memorando de Entendimento sobre a BRI, assinado em março de 2019 pelo então primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, deverá ser renovado até ao final deste ano e não se espera que seja prorrogado.
Após o seu encontro com Yi, Tajani declarou que "a parceria italo-chinesa é mais importante do que a chamada nova Rota da Seda".
A Itália indicou que poderá abandonar a iniciativa BRI depois de se ter tornado o primeiro país do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo) a aderir à mesma em 2019, afirmando que a decisão final caberá ao parlamento italiano.
"A parceria estratégica é muito mais importante do que a Rota da Seda", disse Tajani numa conferência de imprensa.
"Reiterei a Wang Yi as avaliações do Governo italiano, e teremos de ouvir o parlamento para decidir. A atmosfera foi muito positiva, tal como aconteceu com o Ministro do Comércio chinês", acrescentou.
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