O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou, esta sexta-feira, o homólogo russo, Vladimir Putin, de ter o responsável pela morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que seguia no jato privado que caiu perto de Moscovo, a 23 de agosto, vitimando todos os passageiros a bordo.
"O facto de ele ter matado Prigozhin – pelo menos é essa a informação que temos – mostra a sua racionalidade e que é fraco", atirou o chefe de Estado ucraniano, durante uma conferência de imprensa, ao ser questionado sobre o presidente russo.
Ainda assim, a agência Reuters, que citou as declarações do responsável, ressalvou que este não forneceu quaisquer provas que corroborassem as suas afirmações.
Sublinhe-se que a morte repentina do oligarca russo que liderava aquele grupo de mercenários desencadeou uma enorme onda de especulação, embora o Kremlin tenha garantido que não teve nada que ver com a queda do avião, que seguia com 10 passageiros, entre eles o braço-direito de Prigozhin e cofundador da milícia armada, Dmitry Utkin.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou publicamente as suas condolências, tendo, contudo, ressalvado que o seu antigo aliado cometera "grandes erros na vida", numa referência velada à revolta protagonizada pelo líder do Grupo Wagner.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.511 civis desde o início da guerra e 26.717 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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