Em declarações feitas no Monte Sobral, em Alcáçovas, freguesia alentejana onde os Capitães de Abril se reuniram pela primeira vez, há 50 anos, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que foi contactado pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que lhe explicou "em pormenor o que já está preparado", mas remeteu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros os detalhes dessa ajuda.
"Está tudo preparado, esperando o pedido de Marrocos", adiantou, frisando que Portugal manifestou disponibilidade "instantânea" para apoiar as operações de socorro das autoridades de Rabat, a capital mais próxima de Lisboa.
"Estamos ativamente solidários", assegurou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Vamos ser inexcedíveis", frisou, classificando o sismo registado na sexta-feira à noite -- e que, de acordo com o último balanço oficial, causou pelo menos 820 mortos e 672 feridos -- como uma "catástrofe brutal".
Quanto aos cidadãos nacionais que se encontram em Marrocos, o chefe de Estado comunicou que, "felizmente", não há notícia de "nenhum português que tenha sido incluído na lista dos mortos, desaparecidos ou feridos, até agora".
Já antes o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha informado que os portugueses que foram contactados em Marrocos "encontram-se bem".
De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos, o sismo atingiu a magnitude 7,0 na escala de Richter e ocorreu na região de Marraquexe (norte) às 23:11, a uma profundidade de oito quilómetros.
O epicentro foi na localidade de Ighil, situada a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Marraquexe.
O forte sismo foi sentido em Portugal e Espanha.
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