As buscas por Danilo Cavalcante, condenado pelo crime de homicídio, terminaram na quarta-feira, após 14 dias de 'caça ao homem'. Entre dezenas de operacionais, houve uma ajuda preciosa: a de Yoda, um pastor-belga de quatro anos, que mordeu o fugitivo e levou à sua detenção.
O cão pertencia a uma das duas equipas táticas que começaram as buscas por Cavalcante, de nacionalidade brasileira, pelas 8h00 (13h00 em Lisboa) de quarta-feira, numa zona arborizada da Pensilvânia.
Duas semanas após a fuga, a detenção aconteceu sem ter sido disparado qualquer tiro. Em parte, devido à ajuda de Yoda.
De acordo com o tenente-coronel George Bivens, da Polícia da Pensilvânia, citado pela CNN Internacional, o cão mordeu Cavalcante - que estava escondido num monte de relva - e impediu que rastejasse e alcançasse uma espingarda.
O fugitivo estava a dormir quando foi localizado pela polícia, deitado em cima de uma espingarda que havia roubado na noite de segunda-feira. Cavalcante ainda tentou fugir até ser mordido por Yoda.
A 4-year-old police dog named Yoda detained fugitive Danilo Cavalcante, bringing an end to the exhaustive, nearly 2 week-long manhunt. https://t.co/3u46zDBkHX pic.twitter.com/hLyTQUlmjf
— CNN (@CNN) September 14, 2023
"Ele foi essencial no que diz respeito ao rastreamento e busca, assim como vários outros K-9 [cães-polícia] que estavam aqui", disse também à CNN Internacional, o vice-marechal supervisor para o distrito leste da Pensilvânia, Robert Clark.
"Todos os recursos K-9 foram utilizados por diferentes equipas táticas da área e foram recursos simplesmente incríveis", acrescentou.
Segundo o vice-marechal, Yoda é um cão-polícia que "morde e segura" e está treinado para segurar um indivíduo até receber ordem para soltá-lo. O cão mordeu Cavalcante no couro cabeludo, que era a principal área visível, e depois mordeu-o novamente na "área dos membros inferiores" para mantê-lo no chão.
Sublinhe-se que o homem, de 34 anos, cumpria pena de prisão perpétua pelo homicídio da sua ex-namorada quando fugiu da prisão, a 31 de agosto, e é ainda suspeito num crime também de homicídio ocorrido no Brasil, em 2017.
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