"Não vamos deixar que arruínem os agricultores húngaros e sobre isto não nos vai impedir nem a propaganda de Bruxelas (União Europeia) nem a de Kyiv", disse Peter Szijjarto, acrescentando que a abertura das fronteiras aos cereais da Ucrânia foi decidida inicialmente para que os produtos agrícolas fossem conduzidos para o continente africano.
O objetivo não era "inundar" os países do centro da Europa com trigo e outros cereais ucranianos, disse o chefe da diplomacia de Budapeste.
Peter Szijjarto não especificou a que "mentiras de Bruxelas e Kyiv" se estava a referir.
Os países que fazem fronteira com a Ucrânia alcançaram em maio de 2022 a um acordo com a Comissão Europeia no sentido de proibir a importação de cereais ucranianos livre de taxas alfandegárias, cujos preços prejudicavam a produção dos agricultores locais.
O prazo do veto termina hoje sendo que quatro países da região: Hungria, Eslováquia, Polónia e Roménia já adiantaram que vão manter a proibição.
A Bulgária anunciou que vai renunciar as restrições à importação dos produtos ucranianos.
Szijjarto especificou que as medidas de Budapeste não se referem ao trânsito de produtos ucranianos através da Hungria.
Hoje, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, também afirmou que o país pretende prolongar o veto sobre os produtos ucranianos.
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