A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou recentemente para o facto de doenças como a dengue, o zika, a chikungunya e a febre-amarela, causadas por vírus transmitidos por mosquitos, estarem a propagar-se mais rapidamente e mais longe devido às alterações climáticas.
Segundo dados da Direção-Geral dos Serviços de Saúde do Governo do Bangladesh, em 2023, das 157.172 pessoas infetadas, 778 pessoas morreram.
A Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), por seu lado, admite que os números reais são mais elevados porque muitos casos não são comunicados.
O anterior número mais elevado de mortes foi registado em 2022, quando 281 pessoas terão morrido durante todo o ano.
A dengue é comum em zonas tropicais e provoca febres altas, dores de cabeça, náuseas, vómitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias internas que levam à morte.
Quinta-feira, Mohammed Niatuzzaman, diretor do hospital estatal Mugda Medical College, em Daca, avisou que o Bangladesh está a ter dificuldades em lidar com o surto devido à falta de uma "política sustentável" e porque muitos não sabem como combatê-lo.
Fora da capital, Daca, e de outras grandes cidades, os profissionais médicos, incluindo os enfermeiros, precisam de melhor formação para lidar com os casos de dengue, frisou.
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