O Tribunal de Assuntos Económicos do Cairo impôs três meses de prisão por "difamação a Kamal Abu Eita", ex-ministro dos Trabalho e Imigração, e outros três meses por "agredir verbalmente um funcionário público", disse na sua conta da rede social X (anterior Twitter) o diretor da Iniciativa Egípcia para os Direitos Humanos (EIPR na sigla em inglês), Hossam Bahgat.
Esta última condenação está relacionada com uma suposta briga com dois polícias numa esquadra do Cairo, onde o ativista foi interrogado pela primeira vez.
O tribunal impôs ainda uma multa de 20 mil libras egípcias (cerca de 605 euros). Por outro lado, absolveu-o da acusação de "perturbar as autoridades" após ter escrito na rede social X (ex-Twitter) que estava "mais limpo que [o presidente egípcio] Abdel Fattah al-Sissi e todos os seus homens".
O opositor ao regime de al-Sissi poderá recorrer da sentença.
Kassem iniciou uma greve de fome quando foi detido em 20 de agosto, mas posteriormente suspendeu.
O opositor lidera a formação Corrente Livre, constituída em junho pelos partidos da oposição que defendem a liberalização económica do país. O movimento político considera que o processo contra o seu líder é uma questão "política", a poucos meses das eleições presidenciais.
Não sendo absolvido, Kassem não poderá apresentar-se às eleições em que al-Sissi (no poder desde que depôs o islamita Mohammed Morsi, em 2013) deverá procurar um terceiro mandato, ainda que ainda não tenha anunciado a intenção de se apresentar às eleições.
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