"São bem-vindos, convido-os a virem", afirmou o chefe do Estado moçambicano, ao intervir no 'Investiment Luncheon Summit', um almoço que reuniu empresários, políticos, administradores e personalidades norte-americanas para, segundo a organização, " ligar as indústrias africanas com investidores globais", criando "oportunidades de crescimento económico e desenvolvimento".
“Em Moçambique temos três portos feitos - podemos ter mais do que três -, Maputo, Beira e Nacala. Nacala é o mais profundo e estão ligados por corredores”, detalhou, ao entrevir neste encontro, organizado pela norte-americana National Forum for Black Administradores Públicos (NFBPA), em parceria com o Presidente do Malaui, Lazarus Chakwera, que também esteve presente, juntamente com o primeiro-ministro do Lesoto, Sam Matekane.
Os líderes dos três países africanos encontram-se em Nova Iorque para a 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que arrancou hoje, este fórum, que juntou investidores e personalidades de raízes africanas, foi o mote para tentar atrair a atenção dos decisores norte-americanos, com Filipe Nyusi a elencar, além da agricultura, pescas e turismo, também a extração mineira e a produção de eletricidade.
Numa lógica de integração regional, o chefe de Estado moçambicano recordou que o país já tem corredores logísticos fundamentais que ligam os portos no oceano Indico ao interior do continente africano e aos países vizinhos, dando como exemplo o Malaui, já que dos 900 quilómetros do Corredor de Nacala, 250 quilómetros atravessam o país vizinho.
"Para ligar os nossos países, já temos estruturas", sublinhou Filipe Nyusi.
A propósito destas ligações, o Presidente do Malaui explicou que aquele Governo está a desenvolver com os países vizinhos de Moçambique, Tanzânia e Zâmbia, um único posto de controlo fronteiriço, para facilitar as trocas comerciais.
Lazarus Chakwera, que também é coorganizador do evento, sublinhou o "potencial criativo" do continente e mencionou que a "educação é a chave para o desenvolvimento" de África, através da juventude.
“África é a sua terra mãe e não há nada mais importante do que investir na nossa terra e fazer a melhor”, apelou, neste encontro em Nova Iorque, o presidente do Malaui.
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