UE condena ataque a polícias no Kosovo e pede fim das hostilidades

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou hoje o "horrível ataque" de um grupo armado a polícias no norte do Kosovo, que causou um morto e dois feridos e pediu o fim destes ataques.

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Lusa
24/09/2023 16:45 ‧ 24/09/2023 por Lusa

Mundo

Josep Borrell

"Têm que ser determinados todos os factos sobre o ataque. Os perpetradores devem enfrentar a justiça", disse Borrell, num comunicado, citado pela agência Efe, sobre os ataques que começaram hoje de manhã e que o Governo kosovar atribui a um grupo armado sérvio.

O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança disse que "há mais vidas inocentes em risco" devido às hostilidades em curso e pediu que "parem imediatamente" estes ataques.

A UE, lembrou Borrell, tem apelado repetidamente a todos os intervenientes para que ponham fim à escalada de violência no norte do Kosovo.

A posição de Borrell já foi criticada pela ministra dos Negócios Estrangeiros do Kosovo, Donika Gërvalla-Schwarz, que a considerou "vergonhosa" por não definir os incidentes como terrorismo.

"Senhor Borrell, realmente. Uns terroristas matam um polícia e o senhor faz um apelo a 'todos os intervenientes'? Nem uma palavra de apoio à polícia? Nem mesmo contra os terroristas?", escreveu a ministra na rede social X, antigo Twitter, reagindo ao comunicado emitido por Borrell.

A ministra questionou se Borrell "também se refere a ataques terroristas em Espanha como hostilidades" e acrescentou: "Que vergonha! Como podem os membros da UE continuar a tolerar este cinismo?".

A tensão no norte do Kosovo aumentou desde maio, quando as autoridades kosovares decidiram nomear autarcas albaneses em quatro municípios de maioria sérvia.

O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, afirmou em conferência de imprensa que o ataque de hoje foi perpetrado por "pelo menos 30 pessoas fortemente armadas, profissionais, sejam militares ou polícias", segundo a imprensa local.

"Condenamos este ataque criminoso e terrorista", disse o primeiro-ministro.

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