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Ucrânia é "desastre global" e é difícil "compreender a posição da China"

O vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Valdis Dombrovskis, afirmou hoje, em Pequim, que a guerra na Ucrânia é um "desastre global" e que é difícil "compreender a posição da China", que não condenou a invasão russa.

Ucrânia é "desastre global" e é difícil "compreender a posição da China"
Notícias ao Minuto

06:36 - 26/09/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Eu deixei muito claro, em todas as minhas reuniões, que reagir à agressão da Rússia contra a Ucrânia não é apenas uma prioridade da União Europeia, mas um fator decisivo para praticamente todas as nossas prioridades hoje", disse Dombrovskis, em conferência de imprensa, após concluir uma viagem de quatro dias à China.

Os líderes da China e Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente, declararam, nas vésperas da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, uma amizade "sem limites" entre os dois países.

Pequim bloqueou os esforços para condenar Moscovo no Conselho de Segurança das Nações Unidas e repetiu as justificações russas para o ataque.

Nos últimos meses, a China tentou posicionar-se como mediadora no conflito e, em fevereiro, emitiu um plano de paz, que foi criticado pela Europa por colocar "agressor e agredido" ao mesmo nível.

O representante europeu afirmou que a agressão "injustificada, ilegal e bárbara" da Rússia causou uma "crise humanitária" na Europa, com "mais de quatro milhões de refugiados".

"Estamos empenhados em apoiar a Ucrânia até à vitória, aconteça o que acontecer", declarou Dombrovskis.

Ele defendeu a necessidade de "apoiar a iniciativa dos cereais do Mar Negro", uma vez que a guerra "tem um impacto profundo na segurança global, afetando a segurança alimentar do mundo em desenvolvimento".

"A guerra também afeta negativamente a economia global, o que afeta a China, como uma economia orientada para a exportação", explicou o vice-presidente da CE.

O responsável pelo comércio europeu destacou que a posição da China no conflito afeta "não só a imagem do país entre os consumidores europeus, mas também entre as empresas".

"Mais de um terço das empresas da UE [com negócios na China] indicou que a posição [de Pequim] na guerra tornou o país um destino de investimento menos atrativo", disse o responsável.

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