De acordo com o portal Euractiv, da Fundação Euractiv, com sede em Bruxelas, Koudelka afirmou na segunda-feira que entidades pró-russas tentaram igualmente estabelecer contacto direto com um dos organizadores das manifestações antigovernamentais, que tiveram lugar no outono 2022, em Praga.
"No caso mais recente, o BIS descobriu que um dos agentes russos na República Checa providenciou a divulgação de narrativas que apoiavam os interesses da Federação Russa em relação à guerra na Ucrânia, em troca de um suborno de vários milhares de euros. Também foram utilizadas figuras públicas", disse Koudelka no Parlamento checo, citado pelo Euractiv.
De acordo com o mesmo portal, dirigido pelo francês Christophe Leclercq, o BIS investigou "interferências" russas nos meios de comunicação social da República Checa.
"Mesmo antes da guerra na Ucrânia, foram detetadas as atividades de um ativista pró-russo que utilizava jornalistas checos, financiava várias viagens ao estrangeiro e queria que os jornalistas criassem material de apoio à Rússia", afirmou Koudelka.
Apesar do alegado envolvimento direto da Rússia, Koudelka afirmou que as "narrativas e a desinformação russas são uma minoria" acrescentando que a maior parte das informações falsas são criadas na República Checa por "personalidades locais".
De acordo com o portal da Rádio Praga, Koudelka recusou-se a dizer quem eram as personalidades envolvidas.
O portal do Euractiv também não esclarece quem foram as personalidades nem se foram acionadas ações legais contra os alegados agentes russos e os supostos cidadãos checos aliciados por Moscovo.
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