Uma escola em Kent, no Reino Unido, está determinada a combater o absentismo escolar e, para isso, tomou medidas para garantir que os seus alunos têm transporte assegurado entre o seu domicílio e a escola.
O serviço tem como principais utentes os alunos com mais dificuldades financeiras, que vivem longe da escola, muitas vezes obrigados a realizar longas viagens em transportes públicos, o que, diz a BBC, desmotivava a sua ida às aulas.
O caso utilizado pela cadeia televisiva para exemplificar a situação é o de Leo e Roxanne, dois alunos que, junto da mãe, foram despejados da sua casa no último outono. Acabaram realojados num apartamento que ficava a duas viagens de autocarro da escola primária, num total de cerca de 40 minutos de viagem.
A mãe, sofrendo mazelas de saúde mental, via-se, então, impedida de dar boleia aos filhos até à escola, levando a um grande absentismo escolar.
Quando a unidade de ensino perguntou a Kelsey, mãe de Leo e Roxanne, o porquê de as crianças faltarem tanto às aulas, a mulher admitiu que estava a passar dificuldades na sua vida pessoal, e rapidamente foi ativado um serviço de 'minibus', para recolher os alunos de manhã, e para os deixar em casa, novamente, ao fim do dia.
A medida, disse Kelsey, "fez uma diferença enorme", e permitiu à família estabilizar-se até que, pouco depois, as crianças foram realocadas numa escola mais próxima de casa. Neste trimestre, Leo e Roxanne ainda não faltaram às aulas uma única vez.
Um relatório recente revelou que, desde a pandemia da Covid-19, o número de ausências regulares significativas no Reino Unido duplicou, principalmente devido a problemas de saúde mental e dificuldades financeiras das famílias.
Faltar às aulas pode prejudicar “a educação das crianças, o seu desenvolvimento [e] as suas perspetivas futuras”, disse Robin Walker, chefe da Comissão Parlamentar responsável por este relatório.
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