"COI está a utilizar a situação na Ucrânia para violar a Carta Olímpica"
As palavras são do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.
© Reuters
Mundo Sergei Lavrov
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov observou, esta quinta-feira, que, ao longo de muitos anos, o Comité Olímpico Internacional (COI) "tem ignorado todas as asneiras do Ocidente, e fá-lo a dez mil milhas de distância das suas fronteiras".
Segundo Lavrov, em declarações à TASS, "o COI está a utilizar a situação na Ucrânia para violar grosseira e diretamente a Carta Olímpica", ao impedir os atletas russos de competirem.
"Embora proíbam a maioria dos nossos atletas de competir, eles abrem uma exceção em certos desportos e algumas faixas etárias, deixando-os competir sob bandeira neutra e a título individual, achando isso um grande favor para nós", acrescentou.
Lavrov disse ainda que, aos longo de muitos anos, o COI "tem ignorado todas as brincadeiras do Ocidente e feito isso a dez mil milhas de distância das suas fronteiras". "E estavam a escapar impunes", enfatizou.
"Quando a Rússia [respondeu], depois de muitos, muitos anos a alertar a comunidade global de que a NATO estaria a preparar-se para uma grande guerra, ao mesmo tempo que construía diretamente uma ameaça militar nas fronteiras russas e encorajava um regime que foi abertamente preparado por Washington para conter e atacar a Rússia, o COI decidiu tomar esta posição inexplicável, contrária às suas obrigações sob a Carta Olímpica", frisou o ministro russo.
Lavrov também destacou o facto de o presidente do COI, Thomas Bach, ter falado anteriormente "sobre a Carta Olímpica e a necessidade de evitar a sua politização, ter dito que o COI irá encorajar de todas as formas o envolvimento de pessoas transgénero nos Jogos Olímpicos". "Portanto, neste aspecto, eles não veem nenhuma politização. Deixemos que Deus seja o juiz", concluiu Lavrov.
De recordar que, no final de março de 2023, o COI recomendou que atletas individuais da Rússia e da Bielorrússia fossem autorizados a competir em torneios desportivos internacionais, mas apenas sob certas condições.
Especificamente, os atletas dos dois países não devem manifestar "apoio ativo" à operação militar especial da Rússia na Ucrânia e devem competir sob um estatuto neutro. De momento, o COI ainda não tomou uma decisão final sobre permitir que atletas russos e bielorrussos compitam nas Olimpíadas de Paris em 2024.
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