Segundo um comunicado, o fórum terá a duração de dois dias - em data não especificada - e incluirá "funcionários eleitos, responsáveis de saúde pública e profissionais das forças de ordem de todo o país" para discutir "uma estratégia nacional para combater o flagelo do fentanil".
As autoridades de Nova Iorque informaram esta semana que mais de 3.000 pessoas morreram de overdose na cidade em 2022, um recorde desde que os dados começaram a ser recolhidos e um aumento de 12% em relação ao ano anterior. O fentanil estava presente em 81% dessas mortes.
Recentemente, a morte de uma criança e a intoxicação de outras três devido à exposição ao fentanil numa creche no Bronx gerou comoção em Nova Iorque.
Esta droga, que pode ser até 100 vezes mais potente que a morfina, é comummente utilizada na medicina para dores agudas, mas organizações criminosas também a fabricam e distribuem ilegalmente, misturada com outras substâncias ou falsamente representada como heroína, cocaína ou produtos farmacêuticos calmantes.
De acordo com os dados mais recentes, quase 110.000 mortes por overdose foram registadas nos Estados Unidos em 2022, 0,5% mais do que em 2021 - o que representa uma estabilização após aumentos de 17% e 30% nos anos anteriores - e opioides sintéticos como o fentanil foram detetados em 75.000 desses casos.
O autarca de Nova Iorque, Eric Adams, referiu no comunicado a necessidade de "desenvolver um quadro nacional para prevenir overdoses fatais" e indicou que os convocados se concentrarão em estratégias de "educação, aplicação da lei, sensibilização, prevenção e tratamento".
A nota inclui o apoio das administrações de Nova Orleães (Luisiana), Filadélfia (Pensilvânia), Laredo (Texas) e Los Angeles (Califórnia) ao fórum, bem como de autoridades de saúde, segurança e polícia de Nova Iorque.
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