Método inovador de prevenção do VIH feminino apresentado na África do Sul
Três organizações envolvidas na luta contra o VIH-SIDA na África do Sul lançaram hoje um novo método de prevenção antirretroviral feminino no país africano que conta com a maior epidemia de sida do mundo.
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Mundo HIV/SIDA
"A AIDS Foundation of South Africa, a Beyond Zero e Networking HIV & AIDS Community of Southern Africa fizeram uma encomenda inicial de 16.000 anéis vaginais de dapivirina para a prevenção do VIH com o apoio de o Fundo Global de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e a Malária (o Fundo Global)", disse em comunicado a organização internacional.
De acordo com a nota, divulgada na capital económica sul-africana, o anel de profilaxia pré-exposição (PrEP) "é um anel de silicone que é inserido na vagina todos os meses e oferece prevenção do VIH de ação prolongada, tópica e localizada", acrescentando que "até à data, o anel vaginal de dapivirina é o único anel de PrEP aprovado pelas agências reguladoras para a prevenção do VIH".
Inspirado nos métodos de contraceção feminina, o anel vaginal liberta gradualmente um antirretroviral, a dapivirina, e deve ser substituído todos os meses, sublinhou.
A introdução do novo método de prevenção antirretroviral na África do Sul permite alargar as opções para as mulheres além do PrEP oral, segundo a organização.
"Os defensores da saúde das mulheres há muito que defendem a necessidade de um produto discreto que as mulheres controlem exclusivamente", afirmou o diretor do Fundo Global, Peter Sands.
"Estamos convencidos de que este novo anel de PrEP pode ter um impacto revolucionário na prevenção do VIH e é por isso que esperamos que muitos mais países sigam a iniciativa da África do Sul", adiantou.
Em janeiro de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, condicionalmente, o uso do anel vaginal de dapivirina, segundo o Fundo Global de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e a Malária.
Até à data, o Botsuana, o Quénia, o Ruanda, a África do Sul, o Uganda, a Zâmbia e o Zimbabué aprovaram o anel vaginal de dapivirina, salientou.
O Fundo Global indicou que a África do Sul conta atualmente com "a maior epidemia de VIH do mundo", com cerca de 8 milhões de pessoas infetadas com o vírus da imonudeficiência humana.
"Embora as novas infeções tenham diminuído, o país ainda registou o maior número de novas infeções por VIH a nível mundial, mais de 160.000, em 2022", apontou.
Setenta e cinco por cento dos infetados com VIH receberam tratamento antirretroviral em 2022, sendo que, "as novas infeções por VIH e as mortes relacionadas com a SIDA diminuíram anualmente desde o início da década de 2000", segundo o Fundo Global de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e a Malária.
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