A UE frisou que "os militares devem respeitar os compromissos assumidos com os seus cidadãos".
"A UE regista o comunicado das transições malianas anunciando o adiamento das eleições presidenciais e lamenta que o calendário acordado com a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] não tenha sido respeitado", afirmou o porta-voz dos Negócios Estrangeiros da UE, Peter Stano, em declarações à agência noticiosa Europa Press.
O bloco europeu criticou o facto de a junta militar não ter respeitado as promessas feitas aos seus cidadãos e sublinhou que a aplicação do calendário de transição é "imperativa" para garantir um "rápido regresso à ordem constitucional", salientando a necessidade de eleições credíveis e inclusivas.
O anúncio da junta militar provocou uma onda de críticas por parte da oposição, no meio de uma série de atrasos no processo de transição após o golpe de Estado de agosto de 2020 que depôs o então Presidente eleito, Ibrahim Boubacar Keita.
A junta militar cita "razões técnicas" para o adiamento, "na sequência de um exame aprofundado do calendário das reformas políticas e eleitorais", sem esclarecer para já quando é que os malianos serão chamados às urnas.
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