Mali. UE lamenta adiamento das presidenciais de fevereiro de 2024

A União Europeia (UE) lamentou hoje que a junta militar que governa o Mali tenha voltado a adiar as eleições presidenciais, previstas para fevereiro de 2024, numa decisão "que retira ao país a perspetiva democrática".

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© Dursun Aydemir/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
29/09/2023 22:59 ‧ 29/09/2023 por Lusa

Mundo

Mali

A UE frisou que "os militares devem respeitar os compromissos assumidos com os seus cidadãos".

"A UE regista o comunicado das transições malianas anunciando o adiamento das eleições presidenciais e lamenta que o calendário acordado com a CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] não tenha sido respeitado", afirmou o porta-voz dos Negócios Estrangeiros da UE, Peter Stano, em declarações à agência noticiosa Europa Press.

O bloco europeu criticou o facto de a junta militar não ter respeitado as promessas feitas aos seus cidadãos e sublinhou que a aplicação do calendário de transição é "imperativa" para garantir um "rápido regresso à ordem constitucional", salientando a necessidade de eleições credíveis e inclusivas.

O anúncio da junta militar provocou uma onda de críticas por parte da oposição, no meio de uma série de atrasos no processo de transição após o golpe de Estado de agosto de 2020 que depôs o então Presidente eleito, Ibrahim Boubacar Keita.

A junta militar cita "razões técnicas" para o adiamento, "na sequência de um exame aprofundado do calendário das reformas políticas e eleitorais", sem esclarecer para já quando é que os malianos serão chamados às urnas.

Leia Também: Nagorno-Karabakh: UE espera cumprimento de cessar-fogo

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