Envio de tropas britânicas para a Ucrânia? "Não será para o aqui e agora"
O esclarecimento de Rishi Sunak surgiu após o ministro da Defesa, Grant Shapps, ter admitido a possibilidade de "aproximar o treino" e levá-lo "para a Ucrânia".
© Hollie Adams - WPA Pool/Getty Images
Mundo Rishi Sunak
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, esclareceu, este domingo, que o envio de tropas britânicas para treinar militares na Ucrânia não será "agora". O esclarecimento surgiu após o ministro da Defesa, Grant Shapps, ter admitido a possibilidade de "aproximar o treino" e levá-lo "para a Ucrânia".
"O que o ministro da Defesa estava a dizer era que talvez seja possível, um dia, no futuro, fazermos algum treino na Ucrânia", disse Sunak aos jornalistas, em Manchester, citado pela agência de notícias Reuters.
"Mas isso é algo para o longo prazo, não para o aqui e agora. Não há soldados britânicos a serem enviados para combater no atual conflito", frisou.
Em entrevista ao jornal The Sunday Telegraph, o recém-nomeado ministro da Defesa britânico afirmou que pretendia enviar tropas britânicas para treinar soldados na Ucrânia, além dos treinos de militares ucranianos que já decorrem no Reino Unido e noutros países ocidentais.
A Rússia reagiu às declarações, com o vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, a afirmar que a transferência de tropas britânicas para a Ucrânia tornaria os militares do Reino Unido em "alvos legais".
"Um cretino recém-formado - o ministro da Defesa britânico - decidiu transferir os cursos de treino em inglês para soldados ucranianos para o próprio território da Ucrânia", afirmou.
"Ou seja, transformar os seus instrutores em alvos legais das nossas Forças Armadas. Sabendo muito bem que serão destruídos impiedosamente. E já não como mercenários, mas precisamente como especialistas britânicos da NATO", atirou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 17 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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