"Diferentemente do que vem sendo repercutido, o empréstimo de mil milhões de dólares feito pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) não teve intervenção do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva", lê-se em comunicado da Presidência brasileira.
Uma notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo, conhecido por "Estadão", indicava que Lula da Silva tinha telefonado à ministra do Planeamento, Simone Tebet, que é a governadora brasileira da CAF, para lhe pedir que interviesse na operação destinada a favorecer o partido no poder na Argentina.
"Também ao contrário do informado, o Chefe de Estado brasileiro não conversou sobre o empréstimo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, governadora do Brasil na CAF", frisou a Presidência brasileira, na mesma nota.
As autoridades brasileiras justificaram, ainda, que o empréstimo foi solicitado pela Argentina como forma de facilitar as negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A CAF convocou os países acionistas em junho para analisar o pedido e aprovou o empréstimo no dia 28 de julho por decisão do conselho do banco em reunião virtual, com o voto favorável de 19 dos seus 21 membros, segundo o comunicado.
Entretanto, o candidato presidencial da extrema-direita argentina, Javier Milei, líder da força A Liberdade Avança, que lidera as sondagens, partilhou a notícia nas redes sociais e escreveu que "a casta vermelha treme" e que "muitos comunistas estão furiosos" com a sua ascensão.
Javier Milei partilhou, ainda, uma mensagem do filho do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e deputado federal, Eduardo Bolsonaro,
"Lula da Silva nega saúde, educação, segurança e bolsa família aos brasileiros para dar cinco mil milhões de reais para a eleição de seus comparsas argentinos", escreveu o filho do ex-presidente do Brasil e aliado político de Javier Milei.
A primeira volta das eleições presidenciais argentinas está agendada para 22 de outubro.
Leia Também: Lula recebe alta médica antecipada após cirurgia no quadril