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Missão do Irão na ONU nega envolvimento de Teerão em ofensiva do Hamas

A missão do Irão na ONU negou no domingo o envolvimento de Teerão no ataque do aliado Hamas contra Israel, num conflito que já fez mais de um milhar de mortos.

Missão do Irão na ONU nega envolvimento de Teerão em ofensiva do Hamas
Notícias ao Minuto

08:24 - 09/10/23 por Lusa

Mundo Israel

"Apoiamos de forma enfática e inequívoca a causa palestiniana. No entanto, não estamos envolvidos na resposta palestiniana, que foi tomada apenas pela Palestina", afirmou a missão do Irão na ONU em Nova Iorque, num comunicado divulgado por meios de comunicação social iranianos.

O jornal americano Wall Street Journal acusou Teerão de ter ajudado a planear o ataque desde agosto e de ter dado luz verde para o seu início.

O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, apelou no domingo aos "governos muçulmanos" para também afirmarem o seu apoio na sequência do ataque lançado pelo Hamas.

O líder iraniano fez a declaração depois de falar separadamente ao telefone com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas, Ismail Haniyeh, e da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, que acolheu separadamente em junho, em Teerão.

O Irão mantém relações estreitas com os dois movimentos palestinianos e foi um dos primeiros países a saudar a ofensiva do Hamas lançada no sábado.

"O Irão apoia a autodefesa da nação palestiniana. O regime sionista e os seus apoiantes [...] devem ser responsabilizados neste caso", disse o Presidente Raïssi na sua mensagem dirigida "à nação palestiniana".

"Os governos muçulmanos deveriam juntar-se à comunidade muçulmana no apoio à nação palestina", acrescentou.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava, no domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza, o que elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado.

Segundo o ministério, citado pela agência espanhola EFE, entre os 413 mortos estavam 78 menores e 41 mulheres.

Nas últimas horas foram atacadas duas torres na cidade de Gaza, admitindo-se que o balanço possa aumentar.

A estas vítimas somavam-se os mais de 700 mortos do mais recente balanço do Ministério da Saúde de Israel, também divulgado no domingo.

O elevado número de mortos confirmado em pouco mais de 24 horas não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel.

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