Irão reitera que acusações de envolvimento de Teerão são infundadas
O porta-voz da diplomacia iraniana disse hoje que "as acusações sobre o papel do Irão" na ofensiva do Hamas contra Israel "baseiam-se em motivos políticos".
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Mundo Israel
Nasser Kanani acrescentou que Teerão não intervém "na tomada de decisões de outras nações, incluindo a Palestina".
"A resistência da nação palestiniana tem a capacidade, a força e a vontade de se defender, de defender a nação e de tentar recuperar os direitos perdidos", declarou o porta-voz numa conferência de imprensa hoje em Teerão.
No domingo, a missão do Irão na ONU negava o envolvimento de Teerão no ataque do Hamas contra Israel.
"Apoiamos de forma enfática e inequívoca a causa palestiniana. No entanto, não estamos envolvidos na resposta palestiniana, que foi tomada apenas pela Palestina", afirmou no domingo a missão do Irão na ONU em Nova Iorque, num comunicado divulgado por meios de comunicação social iranianos.
O jornal norte-americano Wall Street Journal publicou notícias que indicam o alegado envolvimento de Teerão nos planos para atacar Israel.
Por outro lado, o Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, apelou no domingo aos "governos muçulmanos" para afirmarem o apoio na sequência do ataque lançado pelo Hamas.
O líder iraniano fez a declaração após falar separadamente ao telefone com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas, Ismail Haniyeh, e da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, que acolheu no passado mês de junho, em Teerão.
O Irão mantém relações estreitas com os dois movimentos palestinianos e foi um dos primeiros países a saudar a ofensiva do Hamas lançada no sábado.
"O Irão apoia a autodefesa da nação palestiniana. O regime sionista e os seus apoiantes [...] devem ser responsabilizados neste caso", disse o Presidente Raissi na sua mensagem dirigida "à nação palestiniana".
"Os governos muçulmanos deveriam juntar-se à comunidade muçulmana no apoio à nação palestina", acrescentou.
O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita (operação Tempestade al-Aqsa), com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milícias.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeia a Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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