Sogros de primeiro-ministro da Escócia "encurralados" na Faixa de Gaza
Os sogros de Humza Yousaf, ambos palestinianos, foram a Gaza visitar familiares, quando foram surpreendidos pelo ataque do Hamas contra Israel. Agora, "ninguém pode garantir-lhes uma passagem segura para lado nenhum".
© Ken Jack/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
O primeiro-ministro da Escócia, Humza Yousaf, revelou, esta segunda-feira, que os seus sogros estão "encurralados" na Faixa de Gaza, desde o ataque levado a cabo pelo grupo islâmico da Palestina, Hamas, contra Israel, no sábado.
Segundo o governante, os pais da sua mulher, Nadia El Nakla, estavam em Gaza a visitar o pai do seu sogro, de 93 anos, quando começou o conflito entre o Hamas e Israel.
"Como muitos sabem, a minha mulher é palestiniana. A mãe e o pai dela, os meus sogros, que vivem em Dundee, na Escócia, estiveram em Gaza e, infelizmente, estão atualmente encurralados em Gaza", revelou em conferência de imprensa, citado pela Sky News.
Segundo Yousaf, as autoridades israelitas disseram-lhe que os sogros deviam sair do local porque "Gaza será efetivamente destruída".
No entanto, "apesar dos melhores esforços do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, ninguém pode garantir-lhes uma passagem segura para lado nenhum".
"Estou numa situação em que, francamente, noite após noite, dia após dia, não sabemos se a minha sogra e o meu sogro - que não têm nada a ver, como a maioria dos habitantes de Gaza, com o Hamas ou com qualquer ataque terrorista - vão conseguir passar a noite ou não", lamentou.
"Estou preocupado com a minha família. Haverá muitas pessoas, incluindo a comunidade judaica escocesa, por exemplo, que estarão realmente preocupadas com a sua família em Israel, que ficou em perigo", acrescentou, lamentando os civis que nada "têm nada a ver com o conflito, com o terror do Hamas, com a perda de vidas e são eles - pessoas inocentes - que estão a pagar o preço".
Sublinhe-se que o grupo islâmico Hamas lançou, no sábado, um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
Os ataques e a resposta militar fizeram mais de mil mortos e também mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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