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Reparação do último gasoduto finlandês irá demorar "pelo menos 5 meses"
A reparação do gasoduto que liga a Finlândia à Estónia vai demorar "pelo menos cinco meses", revelou hoje o gestor do "Balticconnector", encerrado no domingo na sequência de uma fuga, que pode ter sido provocada por intervenção externa.
© MIKKO STIG/Lehtikuva/AFP via Getty Images
Mundo Finlândia
Na terça-feira, o Presidente finlandês, Sauli Niinistö anunciou a probabilidade da fuga, que provocou a interrupção da operação daquele que é o último gasoduto em serviço da Finlândia, ter sido "resultado de uma atividade externa".
A Gasgrid, gestora do gasoduto, declarou que a estrutura não poderia estar novamente operacional antes de abril de 2024.
"Com base em avaliações preliminares, a preparação dos trabalhos de reparação, a mobilização dos equipamentos submarinos necessários", a reparação em si e o regresso ao serviço "irão prolongar-se pelo menos cinco meses", comunicou hoje a empresa.
A Finlândia, a par da investigação para descobrir a origem da fuga, contou com o apoio da NATO, da qual se tornou membro em abril, após décadas de neutralidade.
"O importante agora é perceber o que aconteceu e como pode ter acontecido", comentou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg durante uma reunião de países membros da Aliança em Bruxelas.
Stoltenberg prometeu ainda uma "resposta determinada" caso os danos do gasoduto tiverem sido de facto um resultado de um "ataque deliberado".
Os investigadores finlandeses não encontraram quaisquer sinais de utilização de explosivos, no entanto, o Instituto Norueguês de Sismologia descobriu uma "possível explosão" na área onde ocorreu a fuga.
Além do gasoduto, uma "perturbação" afetou o cabo de telecomunicações submarino, que faz ligação entre a Finlândia e a Estónia, através do Golfo da Finlândia, segundo a operadora de telecomunicações Elisa. A Marinha da Estónia está a investigar os danos neste cabo.
A situação no sistema de gás finlandês permanecerá estável devido ao fornecimento do terminal flutuante de gás natural liquefeito (GNL) em Inkoo (sul da Finlândia), garantiu a Gasgrid.
Este incidente ocorre um ano após a sabotagem do gasoduto Nord Steam que realiza o transporte de gás natural da Rússia para a Alemanha, a 26 de setembro de 2022, cuja origem ainda permanece desconhecida.
Leia Também: Finlândia envia ajuda militar à Ucrânia com valor de 95 milhões de euros
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