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Hamas diz ter libertado refém e dois filhos, mas 'media' israelita nega

O Hamas adiantou hoje que libertou uma refém e os seus dois filhos, raptados durante confrontos entre este movimento islamita palestiniano e o Exército de Israel, enquanto os 'media' israelitas negaram esta informação.

Hamas diz ter libertado refém e dois filhos, mas 'media' israelita nega
Notícias ao Minuto

23:36 - 11/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Uma colona israelita e os seus dois filhos foram libertados depois de terem sido detidos durante confrontos" entre o movimento e o Exército israelita, revelou, em comunicado, o braço armado do Hamas.

O Exército israelita não confirmou esta informação, referiu a agência France-Presse (AFP).

Um vídeo, transmitido imediatamente pelo canal de televisão palestiniano Al-Aqsa, mostrava uma mulher de camisa azul com dois filhos e três combatentes armados do Hamas a afastarem-se de uma área com arame farpado. Nenhuma presença militar é visível nas imagens.

A televisão pública israelita afirmou posteriormente que estas imagens mostravam pessoas que "nunca tinham sido levadas para Gaza".

A imprensa local explica que se trata de Avital Aladjem, residente do 'kibutz' Holit que, segundo a história que contou numa série de entrevistas, foi levada à força no sábado por homens do Hamas com dois dos filhos de um vizinho para a zona de fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, após o ataque sem precedentes lançado por centenas de combatentes do movimento islâmico no sul do país.

Aladjem adiantou que os seus captores a deixaram livre para partir juntamente com as crianças junto à fronteira.

Acredita-se que dezenas de israelitas e estrangeiros, soldados, civis, crianças e mulheres, estejam nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva.

As autoridades israelitas identificam 150 reféns, enquanto centenas de pessoas continuam desaparecidas e os corpos continuam a ser identificados.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de 'rockets' e a incursão de rebeldes armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas naquele território palestiniano, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o seu país está "em guerra" com o Hamas que, recordou, foi internacionalmente classificado como movimento terrorista não só por Israel como pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE), além de outros Estados.

Israel, que impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade, confirmou até agora mais de 1.200 mortos e 3.700 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde local confirmou hoje que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita provocaram pelo menos 1.100 mortes e 5.339 feridos.

Leia Também: Joe Biden apela a Israel para que respeite as "leis da guerra"

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