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Alemanha anuncia proibição de atividades do Hamas no país

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje a proibição de atividades do movimento islamita Hamas na Alemanha, depois da ofensiva lançada no sábado contra Israel, que deixou mais de 1.300 israelitas mortos.

Alemanha anuncia proibição de atividades do Hamas no país
Notícias ao Minuto

17:18 - 12/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Num discurso no Bundestag, Scholz indicou que a Samidoun, rede de solidariedade com os prisioneiros palestinianos, também será proibida devido à polémica que surgiu após a celebração do ataque.

"É desprezível. É desumano. Contradiz todos os valores do nosso país", disse Scholz. "Não deixaremos de agir contra o ódio e o incitamento ao ódio. Não toleramos o antissemitismo", acrescentou.

O Chanceler declarou que as autoridades irão aplicar a proibição de forma consistente. "Qualquer pessoa que glorifique os crimes do Hamas ou use os seus símbolos pode ser processada na Alemanha", disse.

"Qualquer pessoa que tolere assassínios e homicídios ou incite atos criminosos pode ser processada. Qualquer pessoa que queime bandeiras israelitas pode ser processada. Qualquer pessoa que apoie uma organização terrorista como o Hamas pode ser processada", detalhou.

Scholz afirmou que as forças de segurança irão exigir responsabilidades e import expressamente "a proibição de associações e atividades", sustentou.

Segundo dados do Gabinete para a Proteção da Constituição, o serviço de inteligência nacional, o Hamas conta com o apoio de cerca de 450 pessoas na Alemanha, muitas delas cidadãos alemães.

Não existe um ramo oficial do grupo terrorista na Alemanha e as associações próximas do movimento foram proibidas há anos. A única medida adicional possível é a proibição de atividades anunciada hoje.

Scholz confirmou que a ajuda ao desenvolvimento para a Palestina será suspensa, depois de o Governo ter anunciado a revisão dos apoios.

O chanceler esclareceu também que as autoridades devem primeiro concluir uma revisão de apoios para garantir que "serve melhor a paz regional e a segurança de Israel".

"Até que esta revisão seja concluída, não iremos disponibilizar quaisquer novos recursos de cooperação para o desenvolvimento", disse.

"Infelizmente, o sofrimento da população civil da Faixa de Gaza pode ser previsto, o que provavelmente aumentará ainda mais". "Mas a culpa é também do ataque do Hamas", adiantou.

Scholz indicou também estar a fazer todos os possíveis para conseguir a libertação de todos os reféns às mãos do Hamas. "Estou em contacto com o Presidente do Egito e falarei também com o Presidente turco", disse.

Por outro lado, Israel solicitou hoje à Alemanha munições para os seus navios de guerra, disse o Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

O ministro afirmou ainda que irá falar com as autoridades israelitas para ter mais detalhes sobre o pedido de Israel e confirmou que Berlim entregará equipamentos médicos. "Estamos com Israel", afirmou.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.

Além dos 1.300 mortos em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado,

Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

O ataque levou Israel a declarar guerra contra o grupo extremista palestiniano e a responder com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza.

As Nações Unidas disserem que a guerra originou também mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza.

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