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Irão diz que "nova frente" contra Israel dependerá de situação em Gaza

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, cujo país apoia o movimento islamita palestiniano Hamas, alertou hoje que a abertura de uma "nova frente" contra Israel no Médio Oriente está condicionada às ações do Estado judeu na Faixa de Gaza.

Irão diz que "nova frente" contra Israel dependerá de situação em Gaza
Notícias ao Minuto

23:30 - 12/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Teerão está no centro das atenções pelo seu apoio sem reservas ao Hamas e, embora apoie há muito o movimento islamita, os líderes iranianos afirmam não estar envolvidos no ataque surpresa que lançou no sábado contra Israel, inimigo da República Islâmica.

No entanto, os Estados Unidos temem a abertura de uma segunda frente no norte de Israel, na fronteira com o Líbano, caso o Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irão, decida intervir massivamente.

"As autoridades de certos países perguntam-nos sobre a possibilidade de abrir uma nova frente [contra Israel] na região. A nossa resposta clara relativamente a estas possibilidades é que tudo depende das ações do regime sionista em Gaza", destacou Hossein Amir-Abdollahian, chefe da diplomacia iraniana, após um encontro em Bagdade com Mohamed Chia al-Soudani, o primeiro-ministro do Iraque, país vizinho e aliado do Irão.

"Mesmo agora, os crimes de Israel continuam e ninguém na região nos pede permissão para abrir novas frentes", frisou o ministro, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Abdolahian tinha acusado antes Israel de tentar um genocídio em Gaza com o corte do fornecimento de eletricidade e água, além de negar a entrada de alimentos e medicamentos.

"Com a continuação dos crimes de guerra de [Benjamin] Netanyahu (primeiro-ministro israelita) e dos sionistas contra os civis em Gaza, com o cerco, o corte de eletricidade e de água e com a negação da entrada de medicamentos e água, foram criadas as condições para que os sionistas tentem um genocídio de todo o povo de Gaza", denunciou Abdolahian.

Cauteloso em relação ao Irão desde sábado, o Ocidente tem exortado Teerão contra uma expansão do conflito.

Depois do Iraque, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano deve deslocar-se ao Líbano, onde o Hezbollah pró-iraniano tem-se contentado, de momento, com uma intervenção limitada no conflito desencadeado pelo seu aliado, o Hamas, contra Israel.

O Presidente iraniano Ebrahim Raissi apelou aos "países muçulmanos e árabes" para "se coordenarem" para "acabar com os crimes" de Israel.

Raissi conversou na quarta-feira à noite com o príncipe saudita Mohammed bin Salman e com o Presidente sírio Bashar al-Assad.

O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.

Leia Também: Países da OSCE denunciam violência em Israel, Palestina e Ucrânia

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