Riade "declara a sua rejeição categórica aos apelos à deslocação forçada da população palestiniana de Gaza e a sua condenação do contínuo bombardeamento de civis indefesos" neste território, destacou a diplomacia saudita.
Vários milhares de palestinianos fugiram hoje pelas ruas devastadas de Gaza, na esperança de encontrar refúgio mais a sul, depois de o Exército israelita ter ordenado à população que evacuasse o norte deste território onde se prepara para uma ofensiva terrestre em retaliação ao ataque sangrento lançado há quase uma semana pelo Hamas.
A declaração saudita foi emitida quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Riade como parte de uma viagem a seis países árabes, após visitar Israel.
O ataque sangrento lançado pelo movimento islamita Hamas a partir de Gaza, e a guerra desencadeada com Israel que respondeu bombardeando este território, puseram em perigo, se não arruinaram, os esforços da administração norte-americana liderada por Joe Biden para encorajar a aproximação entre Israel e a Arábia Saudita.
Riade, que não reconheceu o Estado de Israel, emitiu várias declarações esta semana em apoio aos palestinianos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita também apelou hoje à comunidade internacional para "agir rapidamente para impedir qualquer forma de escalada militar contra civis, prevenir uma catástrofe humanitária e fornecer a ajuda necessária aos habitantes de Gaza".
"Privá-los dos meios essenciais para uma vida digna é uma violação do direito humanitário internacional e irá agravar a crise e o sofrimento que a região atravessa", acrescentou.
O Ministério da Saúde palestiniano do Hamas adiantou no mais recente balanço que os ataques israelitas causaram 1.900 mortos, "incluindo 614 crianças e 370 mulheres", enquanto 7.696 pessoas ficaram feridas.
As autoridades israelitas confirmaram até agora mais de 1.300 mortos e de 3.000 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
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