"Um ataque aéreo israelita a partir do mar atingiu o aeroporto de Alepo", declarou o diretor do OSDH, Abdel Rahman.
A comunicação social síria também confirmou o ataque, tendo a televisão estatal noticiado uma "agressão israelita com o aeroporto internacional de Alepo como alvo".
Ataques aéreos israelitas tinham já visado na quinta-feira os aeroportos da capital síria, Damasco, e de Alepo, deixando-os fora de funcionamento, segundo a imprensa oficial.
Os ataques de hoje ocorreram apenas algumas horas depois de o aeroporto de Alepo ter reaberto, colocando-o de novo fora de serviço, segundo o OSDH, uma organização não-governamental (ONG) com sede no Reino Unido, que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria.
Na terça-feira, pela primeira vez desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro, o Exército israelita anunciou ter lançado morteiros sobre a Síria a partir dos montes Golãs, em retaliação contra "disparos" de projéteis para esse território ocupado por Israel desde 1967.
E hoje anunciou novo disparo sobre os montes Golãs, depois de as sirenes de alerta terem soado naquela zona.
Israel realizou centenas de ataques aéreos ao território da Síria desde o início da guerra civil naquele país, em 2011.
A sua aviação militar visou em especial as forças apoiadas pelo Irão e o Hezbollah libanês - aliados de Damasco e inimigos declarados de Israel -, bem como o Exército sírio, e os aeroportos de Damasco e Alepo foram também atingidos várias vezes.
As autoridades israelitas raramente emitem comentários sobre os seus ataques ao território sírio, mas afirmam querer impedir o Irão de se instalar às suas portas.
Israel encontra-se em alerta máximo nas suas fronteiras do norte desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 150, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.
Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
A forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.200 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
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